domingo, 14 de fevereiro de 2010

Lisbon Metro Tiles in Saldanha and Oriente



Estação Saldanha

A estação Saldanha é uma das onze estações pertencentes à 1ª fase do 1º escalão da construção da rede do Metropolitano de Lisboa, abriu ao público em 1959 quando da inauguração da rede. Em termos arquitectónicos e artísticos seguiu o programa então adoptado para todas as estações desse escalão, o projecto arquitectónico é da autoria do Arq.º Falcão e Cunha e o revestimento de azulejos da autoria da pintora Maria Keil.

O padrão do revestimento em azulejos consiste numa composição com base em rectângulos a traço ocre sobre fundo branco ou azul com alguns apontamentos a traço negro. Actualmente estes revestimentos já não existem.

Em 1996 é sujeita a uma profunda remodelação, com projecto arquitectónico da autoria do Arq.º Paulo Brito da Silva, e intervenções plásticas de Jorge Vieira e Luís Filipe de Abreu.

A temática geral escolhida para a estação pelos dois artistas intervenientes, centra-se no desenvolvimento do tema - "as característica universais do Homem" - mais concretamente na componente - "o Homem em movimento".

A intervenção plástica do escultor Jorge Vieira utiliza o mármore rosa da região de Borba como material para esculpir, aqueles que são por excelência, - "os instrumentos de trabalho do Homem" - ou seja, as mãos, os braços e a cabeça, que coloca nas paredes das zonas de circulação, corredores e escadarias.

Luís Filipe de Abreu opta por um trabalho em azulejo, desenvolvido dentro dos parâmetros da azulejaria tradicional. Ao longo dos cais de embarque, os temas: os quatro elementos, Terra, Água, Ar e Fogo, as estações do ano, momentos como o Encontro, a Despedida e a Espera. Os cinco sentidos, figuras de convite e motivos decorativos ao gosto barroco, surgem colocados em nichos.

A extensão da Linha Vermelha (Oriente), incluída no Plano de Expansão da Rede, que cruza a Linha Amarela (Gaivota) ao nível da estação Saldanha, determinou a remodelação da estação existente e a construção de uma segunda estação. A estação Saldanha ficou assim a constituir uma estação dupla, permitindo a correspondência entre as linhas Vermelha (Oriente) e Azul (Gaivota).

 Em Agosto de 2009, reabre totalmente remodelada a estação Saldanha I com projecto de Arquitectura a cargo do Arqt.º Paulo Brito da Silva e Arqt.ª Sofia Carrilho. A temática geral escolhida para a estação pelos dois artistas intervenientes - Jorge Vieira e Luís Filipe de Abreu -, centra-se no desenvolvimento do tema "As características universais do Homem", mais concretamente na componente "o Homem em movimento".

O escultor Jorge Vieira utiliza o mármore rosa da região de Borba como material para esculpir, aqueles que são por excelência, - "os instrumentos de trabalho do Homem" - ou seja, as mãos, os braços e a cabeça, que coloca nas paredes das zonas de circulação, corredores e escadarias.

Luís Filipe de Abreu opta por um trabalho em azulejo dentro dos parâmetros da azulejaria tradicional. Ao longo dos cais de embarque o artista desenvolve, através de painéis que imprimem força em cores e emoções, temáticas como os “quatro elementos – Terra, Água, Ar e Fogo -, as estações do ano, momentos de Encontro, de Despedida e de Espera, num percurso de diálogos e descobertas sensoriais à luz dos temas “Homem”, “Lugar” e “Tempo”.

A estação Saldanha II foi inaugurada em Agosto de 2009, o projecto de Arquitectura é também da responsabilidade do Arq. Paulo Brito da Silva.

A Intervenção plástica evoca o trabalho de Almada Negreiros, e ficou a cargo do seu filho Arqt.º José Almada Negreiros, centrando-se na sua obra literária (manifestos, poemas, romances e teatro) e na sua obra plástica como desenhos e pinturas de grande dimensão.

Para transmitir a ideia de uma personagem portadora de uma enorme sabedoria, tendo em consideração a intensidade com que desenvolvia os seus trabalhos e se entregava aos seus ideais, José Almada Negreiros criou imagens de grande impacto e de alto contraste que são visualizadas a vários metros de distância.
Excertos de obras e de desenhos, gravadas de forma indelével nas paredes, poderão ser encontrados onde o sentido da leitura coincide com o percurso dos passageiros. Traçados geométricos nos rodapés, tectos e paredes, mantendo a linha horizontal, importante para o observador em andamento, e libertando a parte central mais alta do cais foram, também, elementos seleccionados pelo filho e que contribuem, sem dúvida, para o aspecto plástico geral simples, claro, mas austero que a estação emana.



Oriente

Estação  Oriente

A estação Oriente faz parte integrante da Gare intermodal de Lisboa (GIL) e constitui a estação terminal, a Norte, do 1º escalão da Linha D (Linha do Oriente) do Metropolitano de Lisboa, tendo sido inaugurada a 19 de Maio de 1998.

Em termos arquitectónicos a estação caracteriza-se pela existência de um átrio único de grandes dimensões que se desenvolve por sobre a nave da estação abrindo apenas nos topos sobre as vias e comunicando com o nível dos cais através de escadarias laterais.

O projecto arquitectónico da estação de metropolitano, foi da autoria do Arq.º Sanchez Jorge. Pretendeu este, reflectir nos acabamentos a temática geral aplicada à Expo '98 - Os Oceanos. Assim, tirando partido do maior pé direito existente nos topos do átrio, zona onde este abre sobre as vias, instalou na laje de cobertura estruturas metálicas que lembram velas e proas de barcos, os gradeamentos dos topos dos cais e das escadarias são estilizações de ondas que, graças a uma hábil ilusão de óptica, parecem ondular à medida que o observador vai passando por elas, as colunas estão cobertas por elementos metálicos que integram arpões, por último, a luz foi criteriosamente aplicada de forma a valorizar todo o ambiente.

Em termos artísticos a estação Oriente constitui a materialização da intenção de realçar o cunho universalista do tema principal da Expo '98 – Os Oceanos – perpetuando, assim, esta efeméride.

Esta intervenção está na linha de uma posição cultural desde sempre adoptada pelo Metropolitano de Lisboa convidando, predominantemente, artistas plásticos portugueses para intervirem nas várias estações novas ou em remodelações das antigas. Nesta estação, dada a universalidade do tema programático da Expo '98, compreende-se que o Metropolitano tenha alargado o seu convite a artistas de todo o Mundo. Para isso foram convidados onze artistas de reconhecido mérito internacional representativos dos cinco continentes – cinco europeus, três asiáticos, um africano, um americano e um australiano – cuja contribuição se descreve sucintamente em seguida:

Joaquim Rodrigo de Portugal que contribuiu com um painel em azulejo denominado "Praia do Vau", é de salientar que este trabalho constituiu a sua derradeira obra, tendo deixado indicações expressas para que fosse Querubim Lapa o responsável pela sua passagem a azulejo e integração na estação.

Hundertwasser da Áustria, com uma intervenção plástica em azulejo, obra denominada "Submersão da Atlântida", constitui uma representação do mítico continente desaparecido, numa atmosfera misteriosa e fascinante.

Yayoi-Kusama do Japão, também com um trabalho em azulejo, que ocupa as duas paredes do topo Norte da estação de cada lado da linha férrea, a leitura é de conjunto apesar de ser interrompida pelo próprio túnel.

Raza da Índia, com um trabalho em azulejo denominado "Les Océans" onde salienta os elementos essenciais, "a visão da terra, dos oceanos, da luz, da natureza onde a humanidade inteira respira como uma só família."

Errö da Islândia, apresenta um trabalho em azulejo onde a temática versa os mitos e lendas ligados ao mar, com inspiração em figuras da mitologia clássica (Anfitrite, Poseidon) e, também factos e grandes episódios marítimos como as expedições portuguesas e a tragédia do Titanic, numa narrativa descontinua, aplicando uma linguagem estética afim à banda desenhada.

Zao Wou Ki da China, o seu painel em azulejo transmite toda a serenidade da imensidão dos oceanos, numa maravilhosa gradação das diferentes tonalidades das cores do mar.

Abdoulaye Konaté do Mali, com uma intervenção em azulejo. A sua obra conjuga uma linguagem muito singular fruto das suas tradições culturais com características contemporâneas, conseguindo uma estética universal.

António Ségui da Argentina, também com um painel em azulejo que ocupa as duas paredes do topo Sul da estação da cada lado da linha férrea. Constitui uma representação muito detalhada de elementos ligados ao mar.

Arthur Boyd da Austrália, com uma intervenção em azulejo onde compôs uma maravilhosa marinha em tons suaves e traços subtis.

Sean Scully da Irlanda, com um painel em azulejo de estética abstracta.

Magdalena Abakanowicz da Polónia, cuja intervenção é constituída por uma escultura de grandes dimensões em bronze denominada "Fish".


Fotos Lisbon Metro Tiles in Saldanha and Oriente

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